Porque não dou pistolas de brincar aos meus filhos

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Porque não dou pistolas de brincar aos meus filhos

No post sobre os melhores presentes de Natal para os miúdos, referi que cá em casa não deixava entrar brinquedos bélicos nomeadamente pistolas e armas.

Como sabem, eu tenho dois rapazes e as brincadeiras preferidas cá de casa são lutas e jogos. Quando os vejo a brincar (e até com o pai lá no meio) parece uma cena típica de brincadeiras de crias de leão do NatGeo Wild. Empiricamente (e falo só com experiência de mãe) parece-me que esta experimentação de defesa pessoal é considerada animalesca e primária, mas normal.

Não me importo, e até gosto, que com contra-peso e medida estas brincadeiras façam parte do quotidiano. Primeiro, porque as lutas envolvem contacto pessoal, estratégia, lógica e, claro, defesa. (Como é óbvio ninguém anda ao soco cá em casa. Apenas se trata de simulações de golpes, rebolar pelo chão e lutas de almofadas!). O mesmo se aplica com os jogos da apanhada e outros do género.

O objeto proibido cá em casa: Armas com balas.

Este tema é mesmo muito sensível, e acho que uma arma com balas ultrapassa o tom da brincadeira. As balas reais servem, como todos sabemos apenas com o intuito de magoar. Seja em defesa, ou em ataque serve só o propósito de magoar. Sejam, portanto, com ventosa, de borracha, silicone ou de qualquer material são proibidas cá em casa. Quero educar os miúdos com respeito pelo próprio até nas brincadeiras. O mesmo principio se aplica com pistolas, metralhadoras e granadas.

Ok. O mal menor: Espadas (ou sabres de luz)

Uma das coisas que me faz confusão nas armas é que não é necessário contacto pessoal para o objetivo: atingir a pessoa. Acho, portanto, um ato cobarde. No caso em particular das espadas, o oponente terá que estar a uma distância curta para atacar e há sempre hipótese de defesa pessoal. Cá em casa temos dois sabres de luz derivado a alguém que é viciado em Star Wars (euuu!).

Permitido com supervisão: pistolas de água

Como sempre há exceções à regra e as pistolas de água são, sem dúvida, a parte divertida deste tema. Nunca brincamos em família com estes brinquedos, mas no próximo verão não escapa às atividades para a praia.

Muitas das teorias apontam que com as brincadeiras com as pistolas não aumentam a agressividade no futuro. No entanto, para fazer pistolas basta levantar o polegar e o indicador, não é?

Bem, despeço-me de uma forma bastante formal: Kiss Kiss, Bang Bang 😀

O meu filho pediu-me uma pistola, e agora? – amanhã com a nossa psicóloga Joana Madureira.

 

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