No passado sábado, a convite da Nestlé Infantil, fui a Lisboa assistir à conferência “Primeiros 1000 dias: Impactos na saúde do bebé”.
Confesso que inicialmente estava apreensiva quanto à palestra. Primeiro porque receava que fosse um género de “retiro” para promover as marcas (o que não foi de todo!) e em segundo lugar, porque eu, mãe que amamentei os meus filhos até eles quererem, não queria de todo que fosse considerada uma “maluquinha das maminhas” por estar num evento daquele género.
Felizmente, fui altamente surpreendida quer pelo conteúdo do mesmo quer pela simplicidade que comunicaram as temáticas
O evento começou com esse mesmo tema: o leite materno. O Dr. Hugo Cavaco é pediatra e conseguiu soltar umas quantas gargalhadas do público. Primeiro porque começou logo com um conflito de interesses: ele, nunca amamentado, foi defender de garras e dentes o maravilhoso leite, mostrando com base científica que todos os bebés merecem essa dádiva pelas suas mães e que a amamentação deve ser prolongada até ao máximo que se conseguir. Fiquei feliz. Fiquei também igualmente feliz por saber que o leite adaptado tem vindo a desenvolver-se para que os bebés que não tem oportunidade de mamar, tenham também uma escolha mais saudável. Ficou bastante claro que nenhum leite se assemelha ao da mãe, e por isso, a melhor e principal escolha deve ser o leite materno.
Passando da animada apresentação do pediatra Hugo Cavaco, para a ementa vegan e vegetariana, a Prof. Dra. Conceição Calhau, conceituada investigadora na área da Nutrição, considerou que não há qualquer entrave a que o bebé seja vegetariano ou vegan, desde que acompanhado por um profissional de saúde – nomeadamente um nutricionista – para que possam, em conjunto com a família, avaliar e estudar um plano alimentar e para que todos as vitaminas e nutrientes-chave sejam suplementados (caso seja necessário, claro). Achei muito interessante a observação: “Alguns ditos “omnívoros” tem muito mais carências do que vegetarianos e vegans pois são menos informados sobre a alimentação”.
Da parte institucional, para além da apresentação inicial do Diretor da Nestlé Infantil, Dr. Fernando Carvalho, sobre a importância do consumo proteico por parte dos bebés, a Nutricionista Dra. Helena Canário, demonstrou que os produtos da marca são testados, acreditados e é investida uma proximidade entre o agricultor e a produção (empresa).
Uma das coisas que mais me surpreendeu neste evento foi a sua afluência. É notória a necessidade por parte das pessoas saberem mais sobre o que comem. Nestes 1000 dias de início de uma vida: a começar na concepção e até aos dois anos de idade, é crucial a busca de ingredientes certos e que tudo seja de máxima confiança quer na gestação quer na introdução da alimentação complementar.
Foi bom também saber que uma das próximas preocupações de uma marca de alimentação infantil é a redução do teor de açúcar.
De ressalvar que eu considero as papas, os iogurtes para bebé e até os purés de fruta como uma alternativa para quando, quando não é possível confecionar algo com higiene e segurança ou quando o tempo, ou disposição não existem.
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