Antes de ser mãe tive a felicidade de ser tia e agradeço muito aos meus cunhados por me terem proporcionado tal. Ser tio é muito gratificante e dá a liberdade que, como mãe ou pai não podemos ter.
Lembro-me perfeitamente de querer “esmagar” a cara dele com beijinhos e até lhe chamava fófinho. Era palhaça, rainha de brincadeiras e era tudo descontraído. Mimava-o sempre e, por isso, quando eu não estava ele perguntava pela “titi”.
Como não tinha filhos, toda a minha energia maternal era depositada naquele miúdo. Hoje, com quase seis anos já não me liga puto. Afinal, a titi agora é a mãe dos primos e deixou de ser a macaquinha para as brincadeiras e gargalhadas sem fim. Eu também mudei e assim, o meu sobrinho mais novo já não me apanhou “sem responsabilidades” e então ele, não apanhou a titi da brincadeira desmedida. Por isso, peço-te desculpa sarilhinho!
Os meus filhos têm os melhores tios. Os meus cunhados (padrinhos do P) e o meu irmão, mais conhecido como TiGui. O TiGui é como eu era. Faz-lhes as vontades todas (mas quando não estou por perto dizem que impõe regras), brinca com eles até à exaustão (dele, não das crianças, entenda-se!) e eles riem-se tanto, mas tanto que agora no desfralde do M, tenho de ter cuidado com os descuidos. O P anda-me a pedir para ir ao cinema, mas não quer ir comigo, quer ir com o TiGui. Digo que vamos à avó e ele pergunta logo se está lá o TiGui. Até quer dormir com ele. Conclusão: a disponibilidade, a entrega sem responsabilidades e o companheirismo dos tios é muito importante para o desenvolvimento das crianças. Todos nós deveríamos ser tios antes de ser pais, mas alguém tem de começar primeiro não é?
Ah! E espero que o meu irmão me faça o favor de me dar um sobrinho quando os meus filhos forem mais crescidos que assim as dores de cabeça que ele me dá hoje, vou saber retribuir em dobro, porque ele sabe o quão eu consigo ser chata e o quão eu adoro dar chocolatinhos às crianças 🙂
Ficam aqui algumas fotos tiradas das brincadeiras deles
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