Tenho algumas amigas que cuidam dos filhos que não nasceram do seu ventre, mas são os seus filhos. Dão banho, dão de jantar, dão colo e carinho e até acordam à noite para verificar a febre. São aquele nome que nunca gostei de pronunciar nem tão pouco escrever porque o preconceito criado por imensas fábulas e histórias me fazem lembrar a vingança e a maldade.
As boadrastas são mulheres que encontraram o amor numa pessoa com um passado que deixou frutos e que, normalmente, não têm culpa da relação anterior ter terminado.
Sinto pena que muitas das minhas amigas digam “ah, eles é que sabem, são os pais” quando diariamente são elas que, também, aturam as birras, ajudam nos trabalhos de casa e educam. São eles, adultos que convivem com a criança diariamente que são os adultos de referência.
Também os companheiros do pai e da mãe são adultos que fazem parte da vida e do dia-a-dia da criança e também eles devem ter uma palavra sobre a educação e sobretudo não serem desrespeitados aquando exercem autoridade: “Mas tu não és minha mãe!” – esta frase custar-me-ia como facas a entrar no estômago e sei que, quando é preciso mais disciplina surja naturalmente nas palavras das crianças e adolescentes. Por isso, se é boadrasta, padrasto, pai ou mãe separados, façam ver à criança que aquela pessoa apesar de não ser pai/mãe é importante e qualquer coisa que ele/a diga é para ser respeitado.
Agora, passando para outro campo: os adultos.
Se há coisa que me tira do sério (daí o título deste post) é a manipulação das criancinhas para o objetivo do adulto. (sim, eu faço manipulação das minhas crianças para me darem beijos, mas isso é porque eu gosto das bochechas deles!) Anyway… O ex-marido arranjou uma boazona, loira, com umas pernas que acabam no rabo (ups, acho que são todas, mas acho que estão a perceber a coisa) mais ou menos parecida com a Heidi Klum (sqn) e estamos todas roídas de inveja porque até somos arranjadinhas mas não somos um boing 747? Ok. Normal. Eu também acho queria colocar aquela prety-face em ácido sulfúrico!! Mas sejamos realistas, o que verdadeiramente importa é que cuide e ame os seus filhos como se fossem o delas. Ou se também tiver filhos, que não diferencie as crianças.
Por isso, não adianta pedir aos miúdos que contem tudo o que passa na casa da mãe ou do pai; não adianta que digam que a namorada do pai é feia ou pior que perguntem aos miúdos se gostam mais do pai ou do Eusébio (assumindo que o boyfriend é Eusébio).
E aproveitem quando eles estiverem no pai (ou na mãe) para sair, conviver com novas pessoas e aproveitar o sossego de uma casa em silêncio – aqui só há das 21h30 às 7h00!
Se quiser desabafar (ou combinar como aniquilar a outra) mande um e-mail ou coloque nos comentários.
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