As coisas que digo às minhas amigas grávidas

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As coisas que digo às minhas amigas grávidas

Quando ficamos grávidas pela primeira vez, sentimos aquela sensação de vazio de conhecimento, como se, de repente, a nossa inteligência ou até intuição fosse reduzida a zero. Questionamos tudo e todos, respondemos torto a meio mundo e ao outro meio nem respondemos e temos um medo constante de falhar. Todos nós, no nosso íntimo, queremos ser as melhores mães, as melhores mulheres, as melhores pessoas. Mas falhar faz parte da nossa característica de humano e isso é inevitável. As minhas amigas começam agora a casar, a juntar-se com os companheiros e por consequência (ou não) engravidam. Como fui das pioneiras a ser mãe, perguntam-me algumas dicas para este momento novo e inesperado da vida. Por isso, reuni algumas coisas que costumo dizer às minhas amigas grávidas (quando me pedem opinião, claro!).

A gravidez é o momento mais bonito de uma mulher, aproveita!

Eu adorei estar grávida. Eu adorei sentir os pontapés, cabeçadas ou murros das minhas crianças. Acho que nenhuma grávida (sobretudo se for segunda ou terceira gravidez) aproveita devidamente a gravidez. Eu, por exemplo, andei de um lado para o outro em viagens entre o Porto e Santarém (onde estava o meu marido a trabalhar) e como não estava com ele diariamente passava muito tempo sozinha (o que também foi bom que assim passei o tempo a dormir) e, por isso, não consegui fazer grandes planos com o pai da criança. Já na segunda gravidez, desforrei-me e consegui pelo menos, fazer uma sessão fotográfica XPTO. Por isso, o meu conselho é que aproveites ao máximo a gravidez e faz o que te der na real gana!

Dorme. Dorme. Dorme.

Como disse em cima, passei muito tempo da minha gravidez a dormir. E so what? Foi um espetáculo! A minha rotinha era: de manhã dormia, levantava-me fazia o almoço, depois de almoço, dormia. Quando o Pedro terminava o trabalho, saía e fazíamos umas compras ou dávamos um passeio, jantávamos e depois….. querem adivinhar? DORMIA! Todo esse sono foi bom para o meu humor, para a minha saúde e sobretudo para o meu bem-estar geral.

Não compres nada antes de precisares

Um dos problemas recorrentes que as mulheres no geral têm é comprar coisas e depois não as usarem. Este problema agrava-se na gravidez. Eu também cometi esse erro, mas ninguém me tinha alertado para isso. Por exemplo, comprei um aquecedor de biberões digital, da Chicco, que nunca foi usado. Os meus filhos foram amamentados e por isso nunca o utilizei. Outra das coisas que comprei e que nunca usei foi (incrivelmente) chupetas e porta-chupetas. E olhem que comprei mesmo muitas! 🙂 Por isso já sabem, se alguém quiser um aquecedor digital de biberões da Chicco eu faço um preço simpático!

Claro que quando eu digo para não comprarem nada antes de precisar não me refiro, claramente a roupa de recém nascido nem algumas fraldas que irão precisar nos primeiros tempos.

Não vejas partos na internet nem procures informação em sites que não inspirem confiança

Acho que a curiosidade matou o gato. Cada mulher é uma mulher e cada parto é cada parto. Por isso, não aconselho ver partos na internet nem procurar grandes coisas sobre isso. Normalmente, só aparecem coisas erradas e alarmistas. Aconselho por isso, a frequentar um bom curso pré-parto. Claro que eu aconselho a leitura informada por isso, recomendo 4 livros que todos os futuros pais devem ler (sim, os dois).
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Elabora um plano 3P: Parto, Pai e Pessoas

As minhas queridas amigas riem-se sempre quando eu digo que é preciso elaborar um plano. Todas elas sabem que eu adorava ser uma agente secreta tipo 007 (sim, eu sonho muitas vezes com pistolas e cenas com adrenalina) e por isso riem-se quando eu digo que têm de preprar um plano. Comecemos pelo mais difícil: as pessoas. Incrivelmente (e podem perguntar a qualquer mãe recente – porque as outras provavelmente já não se lembram) a coisa mais difícil das primeiras horas da maternidade é a gestão das pessoas – especialmente se optarem por um hospital privado. Façam chegar a mensagem do nascimento do vosso bebé e na mesma digam que apenas vão receber visitas em casa, depois do bebé estar acomodado. Eu NUNCA (à excepção da minha cunhada) fui a uma maternidade visitar um bebé. Acho de mau tom, quando a mulher e o bebé mais precisam de descansar, não respeitarem a sua condição. Mais… Tudo o que te disserem para fazeres ignora. Deves aconselhar-te com um bom pediatra/médico e enfermeiro. Consulta uma Conselheira de Aleitamento Materno se tencionas amamentar. O filho é vosso, tu e o pai decidem o que é melhor para o vosso filho!

Passando da mais difícil para a intermédia: o pai. O nosso companheiro (ou então apenas o procriador) também nunca foi pai. Tem dúvidas, anseios, preocupações e sobretudo, impotência. (Não estou a falar dessa impotência senhoras!) Estou a falar da impotência de gerar, de parir e de amamentar. Essas três condições são exclusivas à mãe e eles não sabem o que se sente, o que se vive nem tão pouco o que dói. Por isso, falem com o futuro pai sobre se o querem ou não no parto, qual é o papel dele (sim, atribuam mesmo tarefas) e sobretudo, peçam para eles serem pacientes e não entrarem em choque. O Pedro foi um misto de bom companheiro de parto e um péssimo companheiro de parto. Foi ótimo porque esteve lá comigo sempre, mudou as fraldas (e até chorou quando os filhos nasceram – vá lá que não foi preciso assistirem-no no bloco operatório). Foi péssimo porque não soube controlar as pessoas por ser demasiado educado – conclusão eu é que fui a má da fita. No segundo filho, correu tudo muita bem. O pessoal já devia saber que nós éramos capazes de gerar e parir uma criança e já não se preocupou muito em visitar-nos ao hospital.

E por último, o parto. Façam um plano de parto. Eu não o fiz da primeira vez e arrependi-me. Do segundo, não tive tempo de o fazer (literalmente porque ele nasceu antes umas semaninhas).

E por fim, o último conselho genérico às grávidas:

O sexo aumenta a felicidade. Estás grávida, não incapacitada. GO AHEAD!

As grávidas em repouso que me desculpem, devem sofrer um pouco, eu sei, mas logo logo depois do puerpério tem muito tempo para por a “escrita” em dia!

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