Colocar os miúdos no infantário, creche ou escola diariamente tem aquela dualidade de emoções. Ou fico extremamente feliz porque “finalmente” me livro deles e fico em paz, ou fico com saudades do cheirinho deles, de os sentir junto a mim ou até das gargalhadas deles.
Não sou de todo fundamentalista e acho que faz bem para as crianças irem para a escola. Os meus filhos adoram ir para a escola. Têm outras crianças para brincar, outros adultos de referência e aprendem emoções e sentimentos que para mim são essenciais: a empatia, a partilha, a confiança no outro, mas também, aprendem que mesmo quando a mãe ou o pai não estão por perto, eles podem ficam bem e seguros.
Os meus meninos fizeram uma boa adaptação ao infantário, tranquila sem grandes stresses, sobretudo o Miguel. Provavelmente como já tinha o Pedro na escola, já tinha “algo” de casa para o acompanhar.
O Miguel é o meu filho mais dado: adora beijinhos, abraços, colinho e anda a tirar-me do sério porque anda apaixonado pela educadora.
Todo o santo dia, à noite, pede-me para lhe mostrar uma fotografia dela e dá-lhe beijinhos e abraços e diz “mamã, sabes quem é? É a minha amiga L….”
Eu, com a minha “bitch-face” digo-lhe: “sim, mickey, sei que é a tua educadora!”
Claro que isto é um ciúme saudável, mas quem é que o pirralho pensa que é para que, aos dois anos, tenha assim uma paixão assolapada? Este ainda não aprendeu que mãe+gajas não são compatíveis.
Agora fora de brincadeiras, acho que esta “paixão” é fruto de que ele é bem tratado e que se sente bem com ela. E que, em certo ponto, tem saudades dela. (Não nos podemos esquecer que, infelizmente, eles estão mais tempo na escola que em casa acordados).
Posto isto, este post é apenas para afirmar que de vez em quando tenho ciúmes da educadora do miúdo e que me sinto muito feliz por sentir isto. Obrigada à L e à L por fazerem os meus meninos felizes no seu dia-a-dia mesmo sabendo que, muitas vezes, eles também vos tiram do sério!
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