Uma mão já não chega para contar os teus anos e a minha anca também já não serve para medir o teu comprimento mas o meu amor, esse, já se multiplicou e potencializou tantas e tantas vezes que já não o consigo medir.
No dia em que nasceste, naquela solarenga sexta-feira, mal sabia que iria gostar tanto de ti como gosto e sabes, todos os dias gosto de ti cada vez mais. Amanhã, gostarei mais e depois mais ainda.
Lembro-me dos teus primeiros passos. Das tuas primeiras palavras. Da tua reação quando conheceste o teu irmão. Lembro-me perfeitamente da primeira vez que foste para a escola. Lembro-me da tua expressão “codjé” quando querias ajuda ou de adormeceres a mamar.
Mas hoje, já estás um crescido. Hoje, já jogas à bola, já contas e recontas os números e sabes todos os planetas do Sistema Solar de cor.
Pedro, agora que já saíste da tua primeira infância, quero dizer-te que tentei ser a melhor mãe que consegui: com muitos altos e alguns baixos, mas sempre com o pensamento no meu eterno amor por ti. Hoje, que completas seis voltas à estrela que nos guia, és um menino preparado para enfrentar tudo: com medo, com coragem, com paciência e com precipitação. Mas, seja qual for o desfecho das tuas decisões, eu estarei aqui para te ajudar a levantar e fazer os curativos das tuas feridas.
Espero que erres muito. Espero que com os teus constantes erros, cresças. Quero que te apaixones pelo mundo mas nunca deixes de gostar de ti. Quero que saibas sempre respeitar o outro e que continues a colocar-te no lugar deles para o tentares compreender.
Desejo sempre o melhor para ti.
Com muito amor,
A pessoa que sempre gostará mais de ti em todo o Universo,
A tua mãe.
Bea
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