o calendário da felicidade

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o calendário da felicidade

Um dos meus grandes problemas desde que os meninos saíram da creche e passaram para o jardim infantil, foi a comunicação com eles do que se passava na escola durante o dia. E, apesar de eles serem comunicativos e autónomos, são na mesma medida reservados.

Não costumo fazer as tais perguntas-tipo “Como correu a escola?” ou “Hoje o que almoçaste?”

Sim, confesso que também não tenho muita pachorra para estas perguntas. Não é que não queira saber, porque por dentro, morro de curiosidade para saber se eles estiveram bem e o que aprenderam naquele dia. Mas lembro-me que achava uma chatice, quando a minha mãe, todos os santos dias me perguntava como tinha corrido a escola, e lembro-me também de passar na minha cabeça as várias respostas consoante a idade; desde “correu muito devagar” porque queria vir para casa, até ao “nunca mais volta a ser dia novamente para ir para a escola”. Por isso, com eles, opto por não perguntar.

Ou seja, deixo um pouco ao critério deles. Os recados importantes, vêm normalmente pelas educadoras e professoras, por isso não há risco de faltarem a uma visita de estudo ou a um trabalho de casa.

No entanto, nesta aventura de autoconhecimento e autoestima por parte das crianças, não quero que de todo eles se sintam perdidos ou que pensem que eu não estou atenta aos seus “problemas”. Dessa forma, ocorreu-me uma forma mais positiva de abordar o tema “registo diário das coisas” – a esta estratégia chamei “Calendário da Felicidade”.

Como o nome indica, usei um calendário. Neste caso foi mensal, mas pode ser semanal, bimensal, anual, etc… E, em conjunto com eles registamos o “mood” deles durante o dia. Depois de lavar os dentes e do xixi pré-sono mas antes da história da noite, fazemos o registo. Eu pergunto.

Como te sentes hoje?

A resposta deles é colorida com três cores: verde para “feliz”, amarelo para o “algo correu menos bem” e preto para “amanhã é um novo dia”. Preferi esta denominação a “muito bem”, “razoável” e “mau” pois o intuito deste calendário é que eles explorem a temática das emoções e não que rotulem o dia. Muito menos relacionem as cores a algo muito bom ou mau.

Depois da sua reflexão, quase por imediato, pegam no marcador e pintam uma bolinha no quadrado correspondente. Caso escolham o verde costumo dizer:

Que bom! Fico mesmo feliz por também estares feliz!

Miguel na reflexão

Caso escolham o amarelo ou o preto questiono o que se passou para não estarem felizes. Normalmente dizem em catadupa o que se passou, sem passarem por inquéritos ou por malabarismos de questões sobre o dia.

Por vezes o facto de não ir ao parque pode ser “algo que não correu bem”
Ou então ter um mês em pleno!

O que acharam da nossa ideia? Os vossos filhos também não costumam comunicar como foi o seu dia?

Caso tenham interesse em experimentar o nosso calendário da felicidade podem descarregá-lo aqui.

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