Há dois anos foi o segundo melhor dia da minha vida e o que mais temi pela vida. Há dois anos, renasceu a minha maternidade e o M pôs-me à prova desde a conceção. Começou com um valente susto no exame biométrico do primeiro trimestre da gravidez até ao complicado parto que tive. Em comparação com a gestação do P, a gravidez dele foi um autêntico reboliço.
Nasceu há dois anos e veio aumentar o amor cá em casa. Foi a melhor prenda de Natal que eu tive (descobri que estava grávida na época do Natal!) e foi a melhor coisa que eu pude dar ao P. Para ele, o mano é tudo. É o dealer das bolachas, é o seu companheiro de viagens, é o compincha da chapada e das birras, é o ajudante a sujar a cozinha da mãe e é o bode expiatório das asneiras.
Para mim, é o meu bebé. O meu companheiro das idas à casa de banho, da hora do banho, das insónias, dos beijinhos com boca aberta e do esconde-esconde. Tem a melhor gargalhada e tem o feitio da mãe. Acorda sempre bem disposto mesmo que a noite tenha sido má e nunca teve um dia rabugento (é mesmo verdade). É um autentico Peace and Love.
Com ele, redescobri-me como mãe e, sobretudo, descobri que não há infinito no amor. O amor que eu achava infinito pelo meu único filho P, veio a descobrir-se que afinal não era infinito. Descobri que podia acrescentar a esse infinito, outro infinito que era o meu M. O meu coração não se dividiu, mas sim aumentou em dobro o seu tamanho.
Há dois anos sou ainda mais completa.
Há dois anos nasceu o meu bebé. Que já não é bebé.
nota mental – [btw, agora vou andar um dia inteiro a chorar porque já não tenho um bebé, mas sim duas crianças :'( ]
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