Quando lemos sobre a quarta dimensão, não falamos de planos, de volumes. Falamos sobre o espaço e outra variável que para muitos é subvalorizada – o tempo.
O tempo, segundo um dos mais brilhantes cientistas dos últimos tempos que não ganhou nenhum Nobel – Stephen Hawking – não é independente do espaço, mas se combina com ele para formar um objeto chamado espaço-tempo. 1 E ainda acrescenta que, nesta dimensão, a quarta, é impossível imaginá-la.
Ora, se cada indivíduo tem a sua medida pessoal de tempo, se depende do local onde está, e sem dúvida de como se move; esta teoria aplicar-se-á ao amor?
Podemos afirmar que o amor pode ser explicado pela quarta dimensão? Pelo espaço-tempo?
Vejamos:
O tempo, como disse Hawking, é a medida pessoal de cada um: quando estamos apaixonados, quando estamos com a pessoa que amamos, o nosso tempo é diferente daquele que passamos quando estamos longe dela. Logo a primeira parte da minha teoria aplicada ao amor confirma-se: a medida do tempo é efetivamente diferente e dependente do indivíduo.
O espaço, o corpo. O corpo encontra-se diferente: os nossos olhos arregalados; o coração acelerado; o pensamento constante e ininterrupto no que queremos; a pele a enrugar-se de arrepios quando ouvimos os sussurros ao ouvido; o cheiro, o maior aliado da química do amor, faz com que aumente a frequência cardíaca, os enjoos e as borboletas na barriga.
Podemos considerar que estou a reduzir muito o “espaço”, mas só quem ama sabe que: o corpo, o pensamento e a individualidade de cada um, pode ser, um universo em expansão acelerada por descobrir.
E a última coisa: como se move. Quem ama, muda. Quem ama, faz revolução. Quem ama, cresce. Quem ama, luta. Quem ama, foge e corre. Quem ama, move.
Ainda sou capaz de arriscar, nesta minha teoria cheia-de-tudo e cheia-de-nada que o essencial não é invisível aos olhos. O essencial é sentido numa quarta dimensão. É visto de forma diferente: com o espaço-tempo do amor.
Leave a Reply