Não tinha vontade de escrever, aliás, tinha, mas a minha calma, introspecção e serenidade não tem sido fácil nos últimos tempos.
Não é que a minha vida esteja mal, muito pelo contrário. Tenho saúde, os meus estão bem também. Tenho tido sorte e azar como noutro ano qualquer. Já sorri e ri muito mas também já chorei. E isso faz parte do caminho.
Não tenho é tido tempo.
Falei no ano passado muitas vezes no tempo aqui. Uma coisa tão impalpável e tão indigna para ser relevada, porque ora é passado ora é futuro e o futuro num instante se torna passado.
Parece uma charada, eu sei, mas essa coisa que é tão imaterial é das coisas mais preciosas que temos e eu tenho de começar a saber geri-lo. Gerir o meu tempo é saber investir naquilo que merece a nossa dedicação mas também saber qual o melhor depósito a prazo, que, neste caso, são os meus filhos.
No entanto, há sempre aquela vontade de empreendedora de saber e investir nas bitcoin do tempo. Naqueles investimentos de montanha russa, de altos e baixos, de amor e ódio, de paz e guerra. Aqueles investimentos que fazem levantar de manhã com um brilhozinho nos olhos e nos quais pensamos que no futuro poderemos ficar milionários com eles.
O mais chato é que normalmente as contas bancárias, até do tempo, estão cheias de nada. De coisas que não acalentam a alma nem o espírito e que constantemente nos colocam em baixo e a questionar se deveremos dedicar esse tempo a presente que não será futuro.
Leave a Reply