A ti, meu amor

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A ti, meu amor

Não paro de olhar para a data. Não acredito que já passaram 5 anos desde que nasceste. Ainda ontem estava grávida e durante o piscar dos meus olhos embebidos em lágrimas, hoje fazes anos. Estas lágrimas são de tudo um pouco: de alegria, de amor, de felicidade mas também de alguma tristeza.

De alegria, porque há um mês estavas a falar dos teus anos. És tão inocente que queres que o tempo corra, e eu, quero tanto que ele pare!

De amor, porque foste tu, o primeiro que me ensinou o que era o amor. O incondicional, o ilimitado e infinito dos amores. O mais verdadeiro e sincero. Mas tu sabes, fazes questão de dizer, diariamente, que és o meu amor.

A lágrima de felicidade é porque sinto e vejo que estás a ficar grande. Outrora foste três quilos de gente e agora já não tenho forças para estar contigo de pé ao colo. Estás crescido fisicamente mas sobretudo fico orgulhosa daquilo que te tens tornado. No menino sincero, honesto, verdadeiro e solidário que és.

A de tristeza é porque queria ter o dom de parar o relógio durante uns tempos. Para conseguir responder às tuas constantes perguntas, para conseguir decorar a equipa do Benfica (que tu já a sabes e eu não), queria ter tempo para dar-te milhões de beijinhos, porque ao contrário do teu irmão, tu deixas-me besuntar-te a cara de beijinhos.

Tenho de te agradecer por tudo que construíste na minha vida. Mesmo tão pequenino, contigo comecei a perceber o que era o instinto. Contigo soube o que era a pior dor do mundo, mesmo que tenha sido por alguns segundos. Contigo aprendi a dormir uma semana num cadeirão de um hospital público. Contigo aprendi a mudar fraldas e a dar de mamar. Aprendi também a defender-te sob circunstâncias for e sobretudo a dar-te colo quando caías.

Agora que os teus anos já cabem na tua mão e da qual não sobra dedo, quero dizer-te uma coisa: mesmo grande, serás sempre o meu pequenino. A mãe (e o pai) estará(ão) sempre presente(s) para ti. Não para te amparar a queda, como tu já sabes, mas para te sarar as feridas.

Agora, que já sabes andar, correr, comer, falar, pensar, questionar, sonhar e sobretudo brincar, já podes conquistar o teu mundo e ser feliz.

Amo-te daqui até ao sol, do sol até ao fim do universo e daí até aqui.

Um beijinho grande cheio de ranho,

da mamã

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