As duas palavras “Eu sei” , juntas, parecem ridículas. Sem sentido, vazias, despropositadas.
Sabes o quê? Que dados tens para apoiar o que sabes, se és só tu que sabes e mais ninguém sabe?
Qualquer método científico que apliques aqui te dirá que não sabes – mas EU SEI.
Parecem palavras ocas, palavras que digo sem sentir, sem pensar, apenas o resultado de um conjunto de processos mecânicos oriundos do meu corpo que se propagam através da compressão e distensão do ar.
Só que podemos ir para o vácuo e – Eu Sei .
Eu sei é para mim uma teoria geral, que se estende até aos confins do Universo. Que apesar de tão bem localizada em dois corpos, dois deltas de Dirac perfeitos que se encontram tão longe, mas que perto causam a ruptura do tempo e do espaço, estendem a sua força (mágica) que só nós, privilegiados, sentimos em todo o lado.
Sem amarras, sem “Mas”. Não há “Mas” em “Eu sei”.
Há um “S”, sim, mas mais nada. E um “S”, por mais tortuoso que seja nas suas curvas e contracurvas, tal como a vida, não significa que nos vá tirar do caminho, que nos vá mandar borda fora. NÃO. Eu Sei que me amas.
Eu Sei que sofres por mim. Eu Sei que quando tenho medos, eles são falsos porque Eu Sei que vou fazer de tudo para transformar os medos em alegrias.
E de todas as vezes que eu digo Eu Sei, espero que Tu Saibas que é real. Que eu acredito mesmo em ti, que eu vejo os teus olhos profundos a só desejar uma coisa: a mim.
Que me devoram, me amam, me abraçam. Nunca pensei caber num par de olhos, mas aí estou eu, pequenina-mas-grande, e feliz, satisfeita.
Porque esses olhos vêem tudo o que sou, mergulham sem medo na minha alma, e dizem que me amas.
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